quarta-feira, 6 de maio de 2015

Viva a morte!!!

Todo mundo vive como se tivesse a certeza que quando chegar o final do dia estará vivo, ou que quando vai dormir tem a certeza que vai acordar.

 A vida é interessante, pois a única certeza que temos nela é que vamos morrer, que já nascemos condenados a morte e mesmo assim a maioria não a vê de forma natural e nem gosta de tocar no assunto e sim exaltar a vida.

Ótimo exaltar a vida, assim deve ser, todos temos que agradecer por ela e a ela, tentarmos ser a cada dia melhores, cuidar do planeta que vivemos e de tudo e de todos que nele habitam, amar ao próximo como a si mesmo, desejar ao próximo aquilo que deseja a si, adquirir o autoconhecimento, semear a paz, o amor, a concórdia, a fraternidade, a saúde, o progresso e deixar um mundo melhor aos que ainda virão.

O problema é que a grande maioria não analisa a vida como é e o que mais vemos é a hipocrisia, a contradição e a falta de discernimento sobre as "coisas da vida", por isso vivemos em guerra e o desejo de um mundo perfeito é pura utopia, um sonho de quem está entorpecido pela droga alucinógena do encanto.

A vida não tem garantias, você sabe quando nasce, mas desconhece quando irá morrer e de que forma. Para morrer não tem idade. Todos imaginam que irão morrer velhinhos e esperam que sem sofrimento, mas bem poucos partem assim. A vida não nos pertence, por isso ela não é como gostaríamos que fosse, mas como ela é e tem que ser, uma verdadeira caixa de surpresas.

Se todos convivessem com a morte assim como convivem com a vida, o mundo seria mais humano e menos materialista, já que seria ciente que cada momento pode ser o último. Seria mais respeitoso, cordial, gentil, paciente, fraterno, verdadeiro, justo e amoroso, não deixaria nada para trás. Muitos podem dizer, como o mundo é dual, que uma outra parte faria o oposto sendo que pode morrer a qualquer minuto, mas os bons seriam melhores e os maus seriam a minoria, pois todos temem a morte por não saber para onde vai e exitaria em plantar algo que poderia se tornar cobrança após a morte. 

Todos os dias ensaiamos a morte quando dormimos e reencarnamos quando acordamos, tendo a oportunidade assim de no dia seguinte (vida seguinte) sermos melhores.

Morremos porquê não estamos em nosso mundo verdadeiro, de energia pura, limpa e perfeita, mas degenerados e deformados em matéria, carregando este fardo sem saber a razão, por isso a vida é de lutas e sofrimento, finalizando com a pena capital.

Segundo a mecânica da vida, a morte é um processo de lapidação, transformação para novas máquinas, sadias e evoluídas para dar sequência ao progresso evolutivo da raça humana para o encontro com a individualidade perdida de origem racional, pois como diz a Lei de Lavoisier nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Como tudo é dual a transformação pode ser para cima ou para baixo e cada um segue o caminho a que está vibrando (ligado), esta é a razão de vivermos um momento único na história da humanidade. Vivemos uma fase de liquidação moral, física e financeira e em paralelo a oportunidade de nos religarmos ao nosso mundo legítimo, nos conhecendo, retornando para a verdadeira morada e findando o eterno ciclo de transformações neste mundo de ilusão.

A morte até então, era o mecanismo utilizado pela natureza para que houvesse o preparo e a lapidação do ser humano para que quando chegasse esta fase que estamos vivendo (Terceiro Milênio), tivéssemos condições de nos conhecer. Mas como o ser humano se distanciou das vibrações naturais e se enraizou nas materiais, não percebeu o caminho que tinha que seguir, somente sentiu uma mudança muito rápida do último século para cá em tudo. O momento de nos conhecermos, finalmente, é agora, para deixarmos de ser animais e sermos racionais. Não podemos deixar passar a "espaçonave da história".

A morte é o bilhete de embarque, apenas é preciso saber qual o caminho que leva pra casa, para não pegar o bilhete errado.

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