segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Por que nascemos?

Nascemos em um mundo onde os nossos ancestrais também fizeram esta mesma pergunta aos seus (ancestrais) e estes não souberam responder, dizendo que quando nasceram já encontraram “o mundo girando”, então por inércia deveria manter este “giro” enquanto aqui permanecesse em vida, já que esta deveria ser a razão de nascer, até que a resposta viesse pelo “giro” ou por algo “extraterreno”.

Depois de infinitos “giros” conseguimos pela evolução da cultura animal definir as palavras e concluir o que os nossos ancestrais encontraram quando aqui nasceram que foi o “mundo girando” e definimos: “gira” quer dizer maluco, doido, tresloucado; “giro” quer dizer passeio, dar uma volta.

Nascemos desde os primórdios em um mundo para dar uma volta, um passeio e por desconhecimento da razão de nosso nascimento mantivemos a “loucura ancestral” de acharmos que poderíamos fazer o que bem entendêssemos hipnotizados por este grande poder magnético causado por este movimento (giro).

O mundo “gira” tanto que os seres estão cada dia mais tontos e perdidos.

Em cada “girada” uma descoberta, uma idéia, um progresso e todas elas baseadas no “giro” do mundo e desta forma os seres cada vez mais impregnados deste magnetismo foi criando os seus conceitos e os pré-conceitos sobre tudo e sobre todos. Iniciou-se então a cultura da “gira”.

Os “giros” foram e são tão poderosos que os homens começaram a acreditar que mesmo encontrando este mundo pronto quando aqui chegou se considerar dono dele, passou a criar leis e regras dentro de seus conceitos para haver certa ordem e disciplina e ter o poder de comando sobre os outros homens se considerando um “deus”, mesmo não querendo admitir. Seguindo a mitologia, também criou o deus da medicina, o deus da engenharia, o deus do direito, o deus da moda e assim por diante. Dentro de sua “Oniprepotência” esqueceu que nada é seu, que tudo já existia e que já nasce condenado à morte por um crime desconhecido, que está na posição de passageiro fazendo esta insignificante passagem neste breve “giro”.

As regras, as leis e os conceitos frutos deste movimento são os responsáveis pelas discórdias, pela violência, pelo preconceito, pelo desrespeito, pelos vícios, pelas doenças, pelas guerras, pelo desequilíbrio da natureza e por todo tipo de sofrimento.

O mundo “gira”, os seres “giram” e não definiram a sua insustentável situação de criminosos perante as verdadeiras leis e as verdadeiras regras, por isso este mundo “gira” como se fosse uma serpente em seu movimento destilando o seu veneno, gerando um redemoinho no ralo de uma pia a caminho do esgoto.

O mundo deveria chamar-se ”Immundu Hypocritus” ou “Imundo Hipócrita”, onde se diz uma coisa e a realidade se mostra totalmente diferente, onde se sente uma coisa e representa outra totalmente diferente, onde estão escondidas as verdades mais horrendas atrás do mundo de encanto, onde a dor e o sofrimento se faz presente a todo instante no íntimo de cada um e o artista mente descaradamente que está tudo bem e o seu coadjuvante corresponde numa perfeita encenação, mentindo para si e para os outros. Se isto não fosse verdade o mundo estaria a muito em paz, em amor, em concórdia, em fraternidade, em união.

Enquanto o ser humano não aceitar a sua natureza deformada e degenerada e procurar se conhecer para se desligar deste “giro”, mais sofrimento colherá e o esgoto estará cada vez mais fazendo parte do todo.

Enquanto não soubermos por que nascemos, de onde viemos, como viemos e para onde vamos, como vamos e porque vamos, não nos conheceremos verdadeiramente e não teremos condições de ficar livres do veneno da serpente(magnetismo) e nem de interromper este “giro”.

Concluímos dolorosamente que a resposta não veio do “giro” terreno, que este serviu apenas como ferramenta de lapidação e que devemos procurar a solução em algo extraterreno, devemos olhar para cima com os olhos e com a razão, livres de pré-conceitos envenenados de ignorância.